Planejamento da indústria
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Ascom Fiesc - Para o professor Carlos Taboada, a redução de custos logísticos é crucial para os países obterem vantagens competitivas no mercado global
Professor da UFSC aponta que a precariedade do modal logístico encarece o custo de produção da indústria catarinense, já que tem que apostar em maiores estoques de matéria prima
A precariedade da infraestrutura de transporte potencializa a elevação dos custos logísticos da indústria catarinense, com efeitos diretos, ou seja, o próprio custo de transporte, e indiretos, ao obrigar as empresas a elevar estoques. O alerta foi feito pelo professor Carlos Taboada, do Laboratório de Desempenho Logístico da Universidade Federal de Santa Catarina (LDL/UFSC), à diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), reunida nesta sexta-feira (23). O especialista defendeu a participação ampla das indústrias na pesquisa que a FIESC realiza para determinar os custos logísticos da indústria de Santa Catarina.
O presidente Mario Cezar de Aguiar também ressaltou a importância da participação das empresas. “O benefício para a empresa é relevante, pois pode comparar sua performance com o setor e com a região. A FIESC tem os cuidados para garantir a confidencialidade dos dados”, afirmou Aguiar.
Para Taboada, a redução de custos logísticos é crucial para os países obterem vantagens competitivas no mercado global. Ele exemplificou com as preocupações sobre o tema existentes nos Estados Unidos e na Índia, dois países com grande extensão territorial, como é o caso do Brasil. Ele salienta que os Estados Unidos estão preocupados com seu custo logístico de 8%, que já é bem inferior aos 14%, conforme a pesquisa da FIESC em 2017. Já a Índia, explica Taboada, tem um programa para reduzir seu custo logístico de 18% para 10% em cinco anos, com base em investimentos rodoviários.
O especialista da UFSC alertou para os custos logísticos internos, como os estoques. Nos estudos comparativos internacionais, ele constatou que de 2020 para 2021, os custos norte-americanos com estoques cresceram 25,9% contra 21,7% do transporte. “Houve uma mudança de mentalidade, a filosofia do Just In Case (de estoques) cresceu em relação ao Just In Time (entrega imediata)”, disse.
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